A história da migração entre Brasil e Japão é antiga e remonta aos primórdios do século XX. Em 1908 chegou a primeira leva de imigrantes japoneses ao Brasil. Eles vinham em busca de prosperidade, pensando em retornar à Terra do Sol Nascente um dia. Menos de oitenta anos depois, a migração inverteu, iniciando-se, então, a saga dekassegui.
É chamado de dekassegui aquele trabalhador estrangeiro estabelecido no Japão, quase sempre em caráter temporário, embora muitos acabem ficando “temporariamente por longos anos”.
O governo japonês concedeu as famílias que emigraram do Japão para o mundo a possibilidade de seus filhos (Nisseis) e netos (sanseis), bem como suas famílias, terem a permissão de solicitação de um visto especifico que os permitiria trabalhar e morar no Japão.
O fluxo invertido teve início na década de 1980. Era um momento em que o Brasil vivia uma interminável crise econômica, enquanto o Japão se firmava como uma das principais potências industriais do mundo.
Os primeiros brasileiros a emigrarem para o Japão eram descendentes de primeira e segunda geração de imigrantes japoneses. Eles emigravam para, em grande maioria, desempenhar funções em fábricas de autopeças japonesas. Com o tempo, o quadro foi se alterando surgindo oportunidades em outros setores, graças à mudança da pirâmide etária japonesa. Com uma população envelhecida, vem a carência de força de trabalho.
Novos postos se abriram, tanto na indústria, quanto no setor de serviços, atraindo centenas de milhares de brasileiros descendentes de japoneses. Não é de se estranhar que sejam a terceira maior força de trabalho estrangeira no Japão. Afinal, é natural que os filhos e netos de japoneses no Brasil busquem oportunidades em um país com o qual tenham afinidade étnica e cultural.
Os desafios de ser um dekassegui
As diferenças culturais entre os dois países são muitas. Ainda que os descendentes se pareçam com japoneses, isso não significa que o sejam. Nascidos e criados no Brasil, possivelmente terão dificuldade de adaptação a uma cultura totalmente diferente, da alimentação aos códigos sociais.
O que se recomenda para quem pretende emigrar para o Japão, sendo ou não descendente de japoneses, é buscar aprender pelo menos o básico da língua. Ser capaz de se comunicar com a população nativa abrirá portas importantes para a adaptação.
Ao mesmo tempo, deve-se procurar conhecer previamente os códigos sociais locais, de modo a evitar eventuais constrangimentos.
Como são recebidos os estrangeiros dekasseguis no Japão?
O Japão é um país muito populoso e cheio de regras sociais e leis rígidas. Quando um individuo destoa dos padrões comportamentais, pode ter problemas, mas tirando-se esse aspecto, pode-se dizer que os dekasseguis são bem recebidos, dentro, claro, dos padrões japoneses.
O país lhe oferece trabalho, boa remuneração e até oportunidades de crescimento profissional. Tudo depende, claro, do seu esforço e adaptação. Fora isso, trabalha-se muito e a dedicação à empresa é muitas vezes valorizada.
Se você está pensando em trabalhar no Japão, a dica de ouro é estabelecer objetivos claros. Se é temporário, quanto tempo pretende ficar e quanto pretende ganhar. Esse é um planejamento possível de ser feito, haja vista a fartura de informações disponíveis sobre o país.
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